sexta-feira, 4 de abril de 2014

See You In Hell Bitch!

Ela não costumava fazer isso. Sofia estava em pé, na minha frente. Eu tentava me lembrar o que caralhos havia acontecido noite passada... Desvio meu olhar de suas curvas. Ela era uma psicopata "Você não pode ter atração por uma porra de uma psicopata que está prestes a te matar!", eu penso. Ela se posiciona atrás de mim, passa a mão pelo meu peito e bota um canivete no meu pescoço, o que, de fato, me incomoda um pouco. Por um momento me lembro como ela me drogou. Minha vodca! "Você não vai me perguntar como veio parar aqui?" ela pergunta "Eu não sou tão idiota quanto você pensa." ela me olha com um olhar que me devora. "Eu não disse que era." Eu a lanço um sorriso tímido. "Porquê?" pergunto. "Seu irmão. Eu cansei de ser menosprezada e agredida. Ele me batia sabe?" Ela olha para o chão para tentar disfarçar a lágrima que escorre pelo seu rosto. "Eu não sou meu irmão. Meu irmão é um babaca" qualquer um, no meu lugar estaria tremendo devido ao nervosismo. Eu não, eu não tenho medo da morte. "Há algo que você ainda queira me dizer?" ela me pergunta  "Não. Na verdade, eu sempre te achei muito gostosa." ela revira os olhos com um sorriso no rosto "Algo realmente relevante." Sinto o canivete no meu peito "Te vejo no inferno, vadia". Sinto uma dor aguda me penetrar "Seja corajoso." eu penso. Vejo meu irmão abrir a porta, um grito, e sangue. Tudo graças a ela. Sofia teve o prazer de ver a vida deixando meus olhos. Caio no chão e depois, só vejo escuridão.

Kill The Lights

Algo mudou. A voz na minha cabeça diz "Acabou. Ninguem quer saber de você. Ela te largou idiota". Essa voz nao para. Nao me deixa dormir, afasta meus sonhos e torna minha vida num inferno. Como um monstro que me corrói por dentro até nao sobrar mais nada. "Conte. Conte para todos." Ela diz. Eu sei que se eu contasse seria minha ruina, a esta altura, do alto dos meus dezesseis anos eu ja estaria numa clinica qualquer, jogado como algo inútil. Eu penso em me matar, isso acabaria com tudo. Mas a voz sabe tudo o que eu penso. Josh entra no quarto, "Sai." eu digo "E apague as luzes". Com as luzes ja apagadas tiro a faca que há no meu bolso. Vou cortando meu braço lentamente. Sinto a dor pulsando, o meu braço lateja, eu nao me importo. Me deito no chao e me deixo envolver pelo sangue. "NAO!" Grita a voz. Enfio a faca no meu peito e ouço a voz se calar. Pela primeira vez na vida me sinto vitorioso. Eu venci! Eu matei a voz.